Pesca e Aquicultura - Saiba agora as diferenças e entenda os principais conceitos sobre estes modelos de produção


Pesca e Aquicultura. Você sabe quais são as diferenças? Entenda agora estas e outras informações sobre o assunto com as perguntas e respostas abaixo:

De acordo com a Lei nº 11.959/09, sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e Pesca, “pesca é toda operação, ação ou ato destinado a extrair, colher, capturar, apreender ou capturar recursos pesqueiros”.

A pesca é uma atividade milenar baseada na caça e no extrativismo. Baseia-se na retirada dos recursos pesqueiros do seu ambiente natural.

  • Pesca artesanal – caracterizada principalmente pelo trabalho familiar. A captura tem baixos níveis tecnológicos;
  • Pesca industrial – captura de pescado com embarcações de médio ou grande porte, geralmente possui equipamentos de alta tecnologia;
  • Pesca esportiva ou amadora – visa ao lazer, turismo e esporte, e não à produção ou comércio de pescado.

É unânime entre cientistas, governo e setor produtivo que faltam informações primárias e continuadas sobre a pesca. Assim, de acordo com as demandas levantadas no Seminário Nacional de Prospecção de Demandas para a Cadeia de Abastecimento da Pesca (2011), é necessário ampliar o conhecimento e gerar dados estatísticos contínuos sobre o setor que subsidiem as políticas públicas, além de implementar um plano nacional de pesca. plano de monitoramento.

O maior desafio é desenvolver sistemas de pesca mais eficientes, a fim de garantir a sustentabilidade econômica, social e ecológica do setor.

A legislação define a aquicultura como “atividade de cultivo de organismos cujo ciclo de vida em condições naturais se dá total ou parcialmente no meio aquático, implicando a propriedade do estoque cultivado, conjugado com a atividade agropecuária (...) ".

A aquicultura é o cultivo de organismos aquáticos: peixes, crustáceos, moluscos, algas, répteis e outras formas de vida aquática de interesse humano, geralmente em um espaço confinado e controlado.

  • Piscicultura – piscicultura;
  • Carcinicultura;
  • Ranicultura – Criação de Ranidae;
  • Malacocultura – criação de moluscos, ostras e mexilhões;
  • Algacultura – cultivo de algas. Método praticado em menor escala;
  • Cultura de quelônios – criação de tartarugas e tracajá (Peltocephalus dumerilianus);
  • Cultivo de jacarés.
  • Norte: tambaqui (Colossoma macropomum), pirarucu (Arapaima gigas) e pirapitinga (Piaractus brachypomus).
  • Nordeste: tilápia (Pseudocrenilabrinae) e camarão marinho (Litopenaeus vannamei).
  • Centro-Oeste: tambaqui, pacu (Serrasalminae) e pintados (Pseudoplatystoma corruscans).
  • Sudeste: tilápia, pacu e pintados.
  • Sul: carpas (Cyprinus carpio), tilápia, jundiá (Rhamdia quelen), ostras e mexilhões

Os organismos aquáticos cultivados em água doce e salgada apresentam adaptações anatômicas e fisiológicas que permitem sua sobrevivência e pleno desenvolvimento nesses ambientes. Algumas espécies também se adaptam em ambientes de salinidade intermediária, como a tilápia.

A aquicultura em água doce pode ser praticada em tanques cavados no solo, em tanques-rede, sistemas de recirculação de água, em sistema de bioflocos bacterianos, ou em estufas (principalmente para peixes ornamentais). Os sistemas de cultivo mais utilizados no Brasil são em lagoas escavadas e em tanques-rede.

Em água salgada, o cultivo geralmente é feito em tanques-rede, no caso da pisicultura marinha. Estruturas para a criação de ostras e mexilhões também são instaladas diretamente no ambiente marinho. A carcinicultura marinha é feita em tanques cavados no solo, próximos à costa. No entanto, já existem tecnologias como sistemas de cultivo em bioflocos bacterianos, que permitem a criação de camarões marinhos em locais distantes da costa.

A possibilidade de criação de espécies marinhas e de água doce favorece a atuação do Brasil em diferentes nichos de mercado. Os países produtores de peixe utilizam os recursos naturais disponíveis para a agricultura. Há países que têm vocação para a aquicultura marinha, não apresentando aptidão para a aquicultura em água doce e vice-versa.

O Brasil é um país privilegiado, pois possui aproximadamente 12% de toda a água doce do planeta e mais de 8.000 km de litoral, tornando-se uma grande promessa para os próximos anos como produtor de proteína animal de aqüicultura de água doce ou salgada.

O Brasil possui espécies aquícolas nativas com grande potencial econômico e produtivo, porém, nenhuma delas também possui informações científicas e tecnológicas que permitam a estruturação da cadeia produtiva. Portanto, o principal desafio da pesquisa nacional em aquicultura é gerar conhecimento sobre genética e melhoramento, reprodução, fisiologia, nutrição, sanidade, sistemas de produção, abate, processamento e mercado relacionados a essas espécies. Para isso, a aproximação dos órgãos de pesquisa ao setor produtivo e a interação coordenada entre pesquisadores dentro e fora da Embrapa são essenciais, gerando conhecimento e tecnologias aos agentes da cadeia produtiva, com eficiência cada vez maior.

Pesquisa nas áreas de reprodução e melhoramento genético de peixes, nutrição e alimentação de espécies aquícolas com produção de rações mais sustentáveis ​​que minimizem o impacto ambiental, gestão e conservação dos recursos pesqueiros, sanidade das espécies aquícolas, processamento agroindustrial de peixes, sistemas de produção aquícola , tratamento e reutilização de águas residuais e desenvolvimento sustentável da pesca artesanal.

A aquicultura possibilita a produção de produtos mais homogêneos, rastreabilidade em toda a cadeia e outras vantagens que contribuem para a segurança alimentar, de forma a gerar alimentos de qualidade, com planejamento e regularidade.

Como a atividade demanda muitos recursos naturais como água, energia e solo, é necessário fazer uma gestão adequada e racionalização. Com isso, a aquicultura sustentável significa produzir de forma lucrativa com a conservação dos recursos naturais e a promoção do desenvolvimento social. A atividade é considerada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) como de baixo impacto e, portanto, simplifica o licenciamento ambiental dos empreendimentos da região.

O Brasil tem 8.400 km de litoral e 5,5 milhões de hectares de reservatórios de água doce. A disponibilidade de recursos hídricos, clima favorável, disponibilidade de mão de obra e demanda crescente no mercado interno, são os principais motivos por trás do impulso da aquicultura no país, que está presente em todos os estados brasileiros.

O ponto chave para o Brasil se tornar uma superpotência na aquicultura é o investimento em pesquisa e tecnologia. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a aquicultura é a forma mais rápida de produzir proteína animal, o que a torna essencial para o combate à fome e para o abastecimento de alimentos no mundo.

Diante disso, um dos caminhos da pesquisa tem consistido em investir cada vez mais no aprimoramento do pool gênico. Em outras cadeias de produção animal, como bovinos, suínos e frangos, o melhoramento genético foi essencial para atingir o nível de desenvolvimento avançado em que essas cadeias se encontram atualmente.

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