A geração própria de energia solar no agronegócio brasileiro teve um aumento notável de 34,8% em potência instalada no primeiro semestre deste ano, atingindo 3,1 gigawatts (GW), de acordo com informações divulgadas pela Fintech Meu Financiamento Solar com base em dados da Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Com essa expansão, o setor agropecuário agora representa 14% de toda a capacidade nacional de geração distribuída fotovoltaica. O levantamento também revelou um aumento de 27% nos investimentos em sistemas distribuídos de geração solar pelo setor até junho, totalizando 15,5 bilhões de reais desde 2012.
A preferência dos produtores rurais pela energia solar se deve à busca por economia, segurança, autonomia e sustentabilidade. A energia é essencial para as atividades no campo, sendo crucial para a automação e digitalização do setor. A falta dela pode resultar na perda de produção, e os custos com eletricidade podem impactar os custos de produção, reduzindo as margens de lucro.
A energia solar oferece benefícios significativos, independentemente do porte da atividade agrícola. Reduzir os custos de produção é uma prioridade no campo, e a geração fotovoltaica emerge como uma solução. A manutenção de todos os equipamentos de uma fazenda pode resultar em custos elevados no modelo tradicional de eletricidade.
Devido à vasta extensão territorial do Brasil, propriedades rurais sem acesso à energia elétrica ou sujeitas a interrupções frequentes no fornecimento encontram na energia solar uma fonte segura. A geração fotovoltaica proporciona mais segurança energética, garantindo fornecimento em toda a fazenda e permitindo investimentos em tecnologias que aumentam a eficiência e produtividade.
A busca por soluções sustentáveis é uma prioridade no setor agropecuário. Produtos produzidos de forma sustentável são cada vez mais valorizados, e a energia solar, por ser limpa e não emitir gases do efeito estufa, contribui para a descarbonização, destacando os produtores no mercado.
O agronegócio desempenha um papel crucial na economia brasileira, e o governo federal criou o projeto Pró-Sol para incentivar o uso de matrizes energéticas renováveis. Os produtores que adotam sistemas de energia solar recebem isenção do pagamento obrigatório da taxa à concessionária, tornando ainda mais vantajosa a fonte fotovoltaica.
Na geração compartilhada, os consumidores recebem créditos de uma central geradora de micro ou minigeração distribuída em local diferente do consumo. A Lei 14.300/22 introduziu novos modelos, incluindo o consórcio de consumidores, que permite a união de pessoas físicas e jurídicas para compartilhar da energia gerada.
Os números demonstram que o agronegócio brasileiro encontrou na energia solar a solução para superar desafios e melhorar sua eficiência e competitividade. A expectativa é que a adoção crescente de soluções fotovoltaicas continue nos próximos anos, impulsionando uma produção mais econômica e sustentável.
Fonte: Intelligenzia