Com base em princípios científicos sólidos e práticas sustentáveis, a agricultura regenerativa tem se mostrado uma alternativa promissora para a agricultura convencional, ajudando a promover a saúde do solo, a biodiversidade, a conservação dos recursos hídricos e a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Uma das principais bases científicas da agricultura regenerativa é a importância do solo saudável. Estudos têm mostrado que a degradação do solo é um dos principais desafios enfrentados pela agricultura moderna, com perda de nutrientes, erosão e compactação do solo sendo problemas recorrentes. A agricultura regenerativa busca promover a saúde do solo por meio de práticas como o cultivo mínimo ou sem revolvimento do solo, a cobertura vegetal, a rotação de culturas e a integração de culturas e animais. Essas práticas visam aumentar a matéria orgânica do solo, melhorar sua estrutura e aumentar sua capacidade de retenção de água, contribuindo para a sua regeneração e sustentabilidade a longo prazo.
Além disso, a agricultura regenerativa também promove a biodiversidade. A diversificação de culturas, a criação de áreas de refúgio e a promoção de habitats para predadores naturais são práticas comuns da agricultura regenerativa, visando promover a presença de uma ampla variedade de organismos no ambiente agrícola. A biodiversidade é fundamental para a saúde dos ecossistemas agrícolas, contribuindo para o controle natural de pragas e doenças, a polinização de culturas e a promoção da resiliência dos sistemas agrícolas frente a eventos climáticos extremos.
A agricultura regenerativa também tem um impacto social significativo. Ao promover práticas mais sustentáveis, como a redução do uso de agroquímicos, a agricultura regenerativa pode melhorar a saúde dos agricultores e dos consumidores. Estudos têm mostrado que a exposição crônica a agroquímicos pode ter efeitos negativos na saúde dos agricultores, como problemas respiratórios, dermatológicos e neurológicos. Além disso, a agricultura regenerativa valoriza a agricultura familiar e de pequena escala, contribuindo para a promoção de relações mais justas e equitativas na cadeia produtiva agrícola.
Um exemplo prático de agricultura regenerativa é a agrofloresta, que combina árvores, culturas e animais em um sistema integrado e sustentável. Nesse sistema, as árvores fornecem sombra, proteção contra erosão e habitat para a biodiversidade, enquanto as culturas e animais se beneficiam dessas condições favoráveis.