A feira teve início há um ano e até então acontecia quinzenalmente no parque. Nos sábados intercalados, deslocava-se para o estacionamento do shopping Riomar Kennedy. “Lá vai continuar acontecendo, mas vamos nos dividir e alternar para sempre estar aqui também”, explica.
“A gente não usa produtos químicos; nem adubo químico, nem veneno. É tudo orgânico, a gente faz controle de pragas e tem uma produção que não prejudica a natureza”, destaca Márcio.
Verduras, legumes, ervas e temperos estão na lista de compras dos clientes e de aproveitamento dos agricultores. “Eu, por exemplo, quando não tinha a feira, acabava perdendo muito produto, porque não tinha mercado.”
Entre as frequentadoras assíduas da feira está Maria Guimarães, que mora a poucos metros do Adahil Barreto.
“Qualquer movimento novo que tenha no parque, eu venho olhar, mas a feira era o que estava faltando. Além dos alimentos de muita qualidade, tem os artesanatos. Para a gente que sempre precisa comprar uma coisinha, é ótimo não ter que ir mais distante”, afirma.
Cristina Pinel é uma das artesãs e participa vendendo laços e acessórios para o cabelo. “Estou aqui desde o primeiro evento. Foi um salto nas vendas, em ter mais clientes e em convites para outros eventos”, conta.
Para Karine Garcêz, artesã que também está na feira, o diferencial está em oferecer um artesanato sustentável. “São nossas produções caseiras, muitas fazem a partir do aproveitamento de materiais ou então com materiais mais ecológicos”, explica.
Desde agosto, a oferta na feira conta também com alimentos orgânicos e produtos artesanais oriundos da Unidade Prisional de Sobral e da Unidade Prisional Irmã Imelda, em Aquiraz. O valor arrecadado na barraca é revertido para a compra de sementes e matéria prima.
“Produzi quando estava na unidade e agora, que estou fora do sistema, trabalho na revenda. O sistema prisional é um local onde você vai para se reconciliar com a sociedade”, expõe Amora Janne, egressa do sistema prisional.
“Quando estou vendendo, as pessoas se interessam e querem ajudar. Esse artesanato é uma forma de a gente ter um propósito e de a gente estar se qualificando profissionalmente.”
A feira é uma realização da Fundação Cepema e da Rede EcoCeará, com o apoio das Secretarias estaduais do Meio Ambiente (Sema), do Desenvolvimento Agrário (SDA) e da Administração Penitenciária (SAP). Todos os produtos orgânicos são certificados pela Rede EcoCeará.
Serviço
Feira Agroecológica no Parque do Cocó