Perspectiva de Crescimento nas Vendas de Carne de Frango, Açúcar, Milho e Soja Identificada pela Entidade.
Em meio ao aumento da demanda por produtos agrícolas na Arábia Saudita e em países da região, projeções da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) indicam que a nação do Oriente Médio busca fortalecer suas relações com o Brasil. Em entrevista à CNN, Sueme Mori, diretora de Relações Internacionais da CNA, destacou que o reino investiu expressivos R$ 2,69 bilhões apenas nos primeiros onze meses deste ano, superando os R$ 2,7 bilhões do ano anterior.
A dependência da Arábia Saudita e de países do Golfo na importação de alimentos, que ultrapassa os 80%, tem impulsionado esforços para reduzir essa vulnerabilidade e aumentar a produção interna. Mori explica que, apesar dos investimentos em infraestrutura, desafios climáticos limitam o crescimento da produção local.
A pandemia da Covid-19 intensificou a busca por parcerias sólidas, e a Companhia Saudita de Investimento Agrícola e Pecuário (Salic) está presente em grandes empresas brasileiras. Mori ressalta que o Brasil é o principal fornecedor de produtos agropecuários para a Arábia Saudita, seguido pela Índia e pelos Estados Unidos.
A CNA vislumbra oportunidades de crescimento nas exportações brasileiras, destacando o potencial de aumento na demanda por carne de frango in natura, açúcar, milho e soja. A diversidade da produção do agronegócio brasileiro abre perspectivas para produtos industrializados, mesmo que não atinjam volumes semelhantes.
Sueme Mori reafirma o desejo de ampliar as relações comerciais com a Arábia Saudita, apontando um potencial significativo de crescimento nos investimentos em infraestrutura e parcerias diretas no agronegócio.